It takes two to tango, and it takes two to talk! O desenvolvimento de uma criança só emerge de uma relação...
domingo, 14 de maio de 2017
20 Atividades para Estimular o Desenvolvimento da Linguagem. Dos 0 aos 2 anos.
Encoraje o bebé a produzir sons de vogais ("a", "e", "o") dando o modelo exagerado com os seus lábios. Quando o bebé já consegue emitir estes sons, encoraje-o a emitir sons silábicos, como "mã", "pá", "dá" e "bá". Estas sílabas são geralmente as primeiras a ser adquiridas porque dependem da enorme vontade de imitação que caracteriza os bebés, e é mais fácil imitar as sílabas que os adultos pronunciam com os lábios do que sílabas com outras consoantes, como "cá", em que o ponto de articulação é na garganta e portanto não é tão visível. Em suma, vale a pena investir nestes sons! Até porque as palavras mais importantes para os bebés: "mamã, papá, papa, dá" têm precisamente estas mesmas sílabas.
Reforce cada uma das tentativas do bebé mantendo o contacto ocular, respondendo e imitando as suas vocalizações, como se de uma conversa se tratasse.
Na resposta a essas "conversas" utilize diferentes entoações e padrões de discurso, assim como se estivesse a perguntar: "Ai sim? Verdade?" ou a responder: "É tão bom saber isso, bebé!" Pode usar palavras ou imitar as vocalizações do bebé. O que lhe parecer mais natural e como se sentir mais confortável.
Imite as expressões faciais e o riso do bebé.
Ensine o bebé a imitar as suas ações, como bater palmas, mandar beijinhos, jogar ao esconde-esconde com uma fralda ou pano sobre o rosto.
Os "jogos de mãos", como a canção "A Dona Aranha Subiu pela Parede" ou o "Doidas, Doidas Andam as Galinhas" são também muito úteis e estimulantes, já que o bebé aprende a antecipar os movimentos que se seguem.
Cante canções simples e lengalengas com rimas. São muito estimulantes e ajudam a marcar o ritmo das palavras e a desenvolver a consciência dos sons da fala (competência crucial para uma posterior aprendizagem da leitura e nunca é cedo demais para começar!). Existem muitos livros e CD infantis, mas se necessitar de uma sugestão de elevadíssima e inquestionável qualidade, veja aqui ou aqui.
Fale com o bebé em todos os momentos de interação com ele, quer no banho, na mudança de fralda, nos momentos de vestir e despir ou de alimentação.
A forma mais eficaz de fazer com que os bebés entendam a linguagem é descrever tudo o que se está a fazer, de forma simples, clara e pausada: "Agora vamos colocar o champô no teu cabelo", "Pegamos na mala, abrimos a porta, fechamos à chave e carregamos no botão do elevador." Mesmo assim, tipo "programa de culinária". Esta forma de comunicar tem a vantagem de se poder chamar a atenção do bebé verbalmente para o que ele está a ver, dando-lhe um sentido, e ajudá-lo a conhecer os nomes dos objetos que está a ver a mãe manipular ou apontar.
Identifique as cores dos objetos, sobretudo se tiver vários objetos iguais apenas diferentes nas cores, como canetas ou molas da roupa.
Conte pequenas quantidades de objetos (não mais do que 5 a 10 objetos), não tente ensinar a contar como uma "lengalenga", faça sempre a correspondência termo a termo, quer seja a subir pequenos lances de escadas, quer sejam objetos como talheres ou lápis.
Utilize gestos para apoiar o que está a dizer, como "adeus" ou "dá".
Comece a introduzir sons de animais: "Olha aqui um cão! O cão faz ão, ão, ão." Peça ao bebé para repetir as vozes dos animais.
Acolha e sorria a cada tentativa que o bebé faça de comunicar.
Os bebés até pelo menos aos 18 meses dizem "frases de uma só palavra", como "água" ou "papa". Devemos expandir estas mesmas frases: "O bebé quer papa!", "A Sofia quer água!", embora sem exigir que o bebé repita.
Leia livros com/ para o bebé. Mas atenção, nesta idade, não se leem histórias seguindo as palavras do texto. Devem escolher-se livros pequenos, apelativos, coloridos e com poucos desenhos e poucos detalhes por página.
Quando a criança tiver capacidade de apontar peça-lhe que aponte (e depois que nomeie) objetos, animais e pessoas que lhe sejam familiares, quer num livro ou fotografias, quer ao vivo.
Não atrase a introdução dos sólidos (mastigação) sob que pretexto for depois dos 8 meses, a não ser, obviamente, por indicação médica expressa em caso de malformação do palato ou das vias aéreas superiores ou doença neurológica. De facto, a mastigação é crucial para estimular a realização de um repertório de movimentos que serão posteriormente essenciais para a articulação verbal. "Só quem mastiga é que vem a falar".
Até aos 18 meses desligue a televisão, o tablet ou o telefone móvel a não ser para falar por vídeo-conferência com familiares próximos. A exposição a ecrãs, mesmo com conteúdos vendidos como "educativos" ou "próprios para bebés", longe de estimular, atrasa o desenvolvimento da linguagem (não se esqueça, "para falar são precisos dois!"). Para mais informações reveja um post sobre este tema.
Certifique-se de que o bebé ouve bem e consegue localizar a origem dos sons, mesmo que tenha passado no rastreio auditivo à nascença, sobretudo se for uma criança com história de otites repetidas ou infeções respiratórias frequentes.
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